Nesta edição da Bienal de Veneza de 2023, o Pavilhão Coreano, com curadoria dos diretores artísticos Soik Jung e Kyong Park, apresenta "2086: Together How?", reunindo arquitetos, líderes comunitários e artistas para explorar como as pessoas podem cooperar na resistência à crise ambiental até 2086, quando é esperado que a população global atinja seu número máximo. A exposição convida os visitantes a imaginar uma revolução eco-cultural, reavaliando criticamente a história capitalista, globalista e colonialista do mundo. Os espectadores serão incentivados a reconsiderar as condições atuais por meio de um videogame interativo e uma série de instalações multidisciplinares que incluem fotografias, desenhos, modelos, vídeos e instalações arquitetônicas.
2086: Juntos Como? apresenta três pequenas comunidades na Coreia do Sul envolvidas ativamente em projetos de regeneração, cada uma com uma população e características diferentes. Os temas abordam a reconciliação do individualismo e do comunitarismo nas futuras ciências humanas. Na verdade, um grupo de arquitetos e líderes comunitários conduziu projetos de pesquisa conjunta com os bairros locais, guiados por um conjunto de dialetos que moldaram o nosso crescimento eco-cultural.
Peça central na apresentação, um videogame permite aos espectadores escolher ações em cenários eco-culturais atuais e futuros. O Pavilhão encoraja os visitantes a compreender como os desafios ambientais globais se baseiam nas decisões anteriores da humanidade. Além disso, o projeto destaca como a compreensão atual do desenvolvimento veio através de um prazer material ilimitado, permitindo a industrialização, colonização e globalização se espalharem. Segundo o pavilhão, a catástrofe ambiental iminente será uma oportunidade para a humanidade criar um novo paradigma eco-cultural para o futuro.
Em resposta ao tema de Lesley Lokko para esta edição da Bienal, "O Laboratório do Futuro", vários outros países anunciaram seus planos para seus pavilhões. O Pavilhão Holandês, com curadoria de Jan Jongert, do estúdio Superuse, explora as complexas infraestruturas das nossas futuras sociedades, enquanto o Pavilhão do Uruguai examina potenciais usos das leis florestais e como elas podem abrir um diálogo entre territórios. Além disso, o Pavilhão dos Estados Unidos, "Everlasting Plastics", aborda o material e como ele está incorporado em nosso ambiente construído.
Cada comunidade é um estudo de caso que utiliza o profundo conhecimento do líder comunitário sobre o local e a análise espacial do arquiteto para avaliar seu estado atual e propor cenários futuros específicos do local, até 2086. Por exemplo, no caso de Gunsan, os praticantes exploraram como trabalhar com casas e prédios abandonados para devolver a paisagem urbana antiga da cidade a um estado mais natural. Além disso, cada projeto é motivado por preocupações sobre como lidar com centros urbanos em deterioração e vilarejos rurais, resultado de séculos de desenvolvimento capitalista desigual. Esses projetos são sobre como o passado pode se conectar com o futuro e como o localismo pode remodelar o globalismo.
-- Soik Jung
Em resposta ao tema de Lesley Lokko para esta edição da Bienal, "O Laboratório do Futuro", vários outros países anunciaram seus planos para seus pavilhões. O Pavilhão Holandês, com curadoria de Jan Jongert, do estúdio Superuse, explora as complexas infraestruturas das nossas futuras sociedades, enquanto o Pavilhão do Uruguai examina potenciais usos das leis florestais e como elas podem abrir um diálogo entre territórios. Além disso, o Pavilhão dos Estados Unidos, "Everlasting Plastics", aborda o material e como ele está incorporado em nosso ambiente construído.
